Entenda como a neuroarquitetura e a biofilia transformam ambientes corporativos

A neuroarquitetura é a junção de algumas disciplinas, como psicologia e neurociência, associadas à arquitetura e ao urbanismo. Os projetos e estudos dessa área do conhecimento avaliam como os ambientes afetam as pessoas de maneira psíquica, geram gatilhos comportamentais e estimulam sentimentos.

Os lugares possuem a capacidade de estimular emoções, percepções, comportamento, saúde e bem-estar. Os estímulos estão ligados ao tipo de permanência das pessoas nos lugares, visto que as associações racionais e emocionais se formam em função dos diferentes tipos de conexão que fazemos, sendo os pensamentos classificados como rápidos ou duradouros. Quanto mais positivo são os estímulos, maior é o tempo de conexão entre pessoa-lugar.

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Portanto, podemos deduzir que a qualidade e os estímulos de um lugar são capazes de influenciar, como reflexo, um padrão comportamental. A biofilia é uma palavra que deriva do grego bios, que significa vida, e philia, que significa amor, afeto. Desse modo, é um conceito que representa o amor pela vida ou a algo que é vivo, uma exaltação da natureza e da necessidade de estar conectado a ela.

Essa necessidade de se relacionar, estar presente e ter contato com algo vivo está contida na própria evolução genética da humanidade e acabou se intensificando com os tempos modernos. 

Cada vez mais as pessoas estão vivendo em cidades, e, infelizmente, a falta de planejamento gerou pouca presença de elementos da natureza nos centros urbanos, havendo uma inversão de valores com o resgate e com a valorização dos espaços verdes urbanos.

Esse modo de pensar, no século passado, deu origem às praças e parques. Atualmente, vemos apartamentos que abrigam pequenas florestas em seu interior, nos pavimentos mais altos possíveis. 

No processo de urbanização das cidades contemporâneas, surgiram praças e parques nas cidades. A busca pela interiorização da natureza em ambientes construídos se tornou cada vez mais comum, como uma forma de nos aproximar um pouco mais de elementos vivos. O bem-estar que a natureza proporciona à humanidade é uma necessidade física e psicológica com inúmeros benefícios à saúde e ao bem-estar social, mental e físico. Ao juntarmos estes dois conceitos, neuroarquitetura e biofilia, tomamos consciência acerca da importância de integrar a natureza aos projetos, como forma de proporcionar e estimular melhores e mais profundas sensações e sentimentos. Seja um espaço de passagem, de curta ou longa duração, dentro ou fora, estar em contato com o verde e com a natureza faz bem e gera o bem.

Trazer design biofílico para o projeto, como cores e texturas mais suaves, iluminação mais amena e difusa, materiais orgânicos e artesanais, colabora, juntamente ao paisagismo ou à composição de plantas nos espaços, para alcançarmos ambientes mais saudáveis, produtivos e simplesmente agradáveis.

A busca pelo bem-estar, neste momento, ocorre em todos os tipos de uso e ocupação dos espaços, sejam eles urbanos, comerciais, residenciais ou corporativos. E tomar como premissa a utilização do verde como estratégia de melhoria dos espaços, além do apelo estético de beleza da natureza, potencializa a percepção do positivo.

No caso dos ambientes corporativos, as empresas estão enxergando a necessidade de mudar seus escritórios com arquitetura biofílica, para que não se tornem obsoletos. Espaços abertos para trocas rápidas de convivência vêm ganhando cada vez mais espaço, sempre com muita vegetação integrada, de forma a cativar por meio da conexão com o verde. A utilização de muitas plantas, de iluminação natural e de materiais orgânicos e artesanais colabora, e muito, para potencializar os benefícios desses conceitos, sem deixar de lado o caráter corporativo e a busca pela produtividade. Pessoas mais felizes e saudáveis trabalham melhor e tendem a dar um maior retorno.

No projeto da cobertura da Rede de Hotéis Accor, o escritório central foi planejado para ter um amplo espaço de trabalho e descanso ao ar livre, com muito verde e ar fresco! Além disso, com uma paisagem instigante do Jockey Club e da Marginal Pinheiros, na qual a biofilia retrata o cuidado e a preocupação do lugar em proporcionar acolhimento para as pessoas que trabalham na empresa. 

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Neuroarquitetura e biofilia em ambiente corporativo